Antes de falar da trajetória do time brasileiro nesta Copa do Mundo de 2014, quero relembrar o que aconteceu nas últimas três Copas: em 2002 vencemos, em 2006 e 2010 fomos eliminados nas quartas de final.
Isso explica porque, quando o Brasil conseguiu passar das quartas nesta Copa, todo mundo ficou feliz. Mas se pudéssemos adivinhar o que viria pela frente, eu, pelo menos, escolheria ter perdido um jogo antes.
Levar 7 gols na semifinal foi humilhante. Ficar com o 4º lugar foi doloroso. E bem na Copa que era no Brasil... Mas, espera aí! Eu disse que em 2002 nós vencemos! E isso faz só 12 anos. É hora da matemática:
A Alemanha, que acaba de conquistar o tetra, tinha sido tri em 1990, ou seja, 24 anos atrás. Também a Itália foi tetra em 2006 depois de 24 anos sem vencer. E a Espanha, campeã de 2010, nunca tinha levado o título. Já o Brasil passou apenas 8 anos sem ganhar, desde o tetra até o penta.
Acordei ontem de madrugada, lembrando da má atuação do time brasileiro e pensei: será que não exigimos demais que nossa seleção nos traga sempre felicidade? Não estamos pesando a responsabilidade das vitórias ou derrotas em cima de ombros juvenis, idolatrando meninos somente enquanto o time está "bem"?
Não dá para ser sempre o melhor... mas será que dá para ser melhor do que fomos? Times como a Holanda (que aliás nunca venceu uma Copa e tem muito mais motivos para se frustrar) e a Alemanha têm jogadores que jogam juntos há anos. Já a nossa seleção passou por uma mudança recente de jogadores, e certamente ainda precisa de outras mudanças!
Vale a pena continuar com praticamente o mesmo elenco, salvo um ou outro jogador, e quem sabe ter também um novo direcionamento tático. Talvez um técnico argentino, por que não? Os hermanos foram melhores que nós nesta Copa! Certo é que precisamos acabar com a mania de achar que dois jogadores fazem um time de 11.
Felizemente ficam bons exemplos para inspirar nosso povo e nossos jogadores numa próxima Copa do Mundo. Times que fizeram boas campanhas, como a Costa Rica, a Colômbia, a Bélgica e a Alemanha. Jogadores unidos, valorizando mais o coletivo do que o individual, mais o passe certo do que a falta violenta, mais o futebol arte do que o estrelato momentâneo.
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