Nota ao leitor: O texto abaixo foi criado para o Curso Abril de Jornalismo 2013, no qual me inscrevi para a categoria TEXTO, procurando responder à seguinte pergunta: "Quem sou eu e por que escolhi o jornalismo como profissão". Com essa divertida resposta consegui passar para a fase de entrevista, mas não fui convocada para participar do curso. Ainda assim, gostei do meu texto e acredito que o pessoal da Abril também gostou. O editor que me entrevistou classificou o texto como "fora da curva", de fato é assim que eu sou: diferente! Espero que gostem.
Nasci jornalista.
Parece muito clichê? Mas espera! Digno leitor, cara leitora, não derrube minha
pauta ainda, prometo que posso justificá-la. A minha personagem é bem
interessante, parece que antes mesmo da primeira mamada teria perguntado à mãe:
nome? sobrenome? idade? profissão? Ok, prometo que depois eu checo essa versão
da história. Seja como for, não há como negar a veia jornalística nesse caso, é
só olhar que a pirâmide invertida está na cara: os olhos grandes formam a base,
a boca pequena é o vértice. Claro que isso não significa que esta fale menos
que aqueles.
Já o narizinho, dá
dois furos na concorrência! É capaz de se meter onde não é chamado, tem faro
para notícia e sabe fazer uma cera de vez em quando. O corpo ainda é de foca,
mas uma bem estranha, com pernas longas. Porém elas podem ser muito bem
aproveitadas na redação: para correr atrás da notícia, do tempo perdido, até do
café! Mais veloz que as pernas só a língua, esta fala pelos cotovelos. Mesmo
assim é páreo duro para a mão direita, bem treinada em anotar rapidinho no seu
bloquinho o que diz o entrevistado. Só aquele cérebro, depois, para entender os
garranchos que ela chama de letras. Mas fazer o quê, se até Deus escreve certo
por linhas tortas?
Caro leitor, amiga
leitora, vamos ter que admitir que a criatividade é um ponto forte desta minha
personagem! Tem que ter estômago para aguentar tanto trocadilho, ainda mais com
jargão jornalista. Posso lhe contar um segredinho em off? A verdade é que fui
planejada após uma reunião de pauta entre um casal de arquitetos. O projeto
pode não ter saído exatamente como indicava a planta, mas justamente por isso
tornou-se ainda mais original. Se a casa ainda não caiu, é porque as fundações
são boas. Então fico tranquila, pois não importa quando, sei que um dia vou
virar capa de revista, ou melhor, assinar a notícia da capa da revista. Afinal,
é para isso que nasci jornalista!
Bem divertido o texto!
ResponderExcluirMistura de termos jornalísticos, trocadilhos e termos arquitetônicos, bem legal!
E se quiser minha opinião, prefiro "fora da curva" do que "medíocre" (com o sentido não pejorativo).
Obrigada! Eu tbm! ;)
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