Sobre o blog

"Resultado que nasce incansável da arte de lapidar palavras e transmitir conteúdos"

domingo, 13 de julho de 2014

Da trajetória do time brasileiro: de onde viemos e para onde vamos?

Antes de falar da trajetória do time brasileiro nesta Copa do Mundo de 2014, quero relembrar o que aconteceu nas últimas três Copas: em 2002 vencemos, em 2006 e 2010 fomos eliminados nas quartas de final.

Isso explica porque, quando o Brasil conseguiu passar das quartas nesta Copa, todo mundo ficou feliz. Mas se pudéssemos adivinhar o que viria pela frente, eu, pelo menos, escolheria ter perdido um jogo antes.

Levar 7 gols na semifinal foi humilhante. Ficar com o 4º lugar foi doloroso. E bem na Copa que era no Brasil... Mas, espera aí! Eu disse que em 2002 nós vencemos! E isso faz só 12 anos. É hora da matemática:

A Alemanha, que acaba de conquistar o tetra, tinha sido tri em 1990, ou seja, 24 anos atrás. Também a Itália foi tetra em 2006 depois de 24 anos sem vencer. E a Espanha, campeã de 2010, nunca tinha levado o título. Já o Brasil passou apenas 8 anos sem ganhar, desde o tetra até o penta.

Acordei ontem de madrugada, lembrando da má atuação do time brasileiro e pensei: será que não exigimos demais que nossa seleção nos traga sempre felicidade? Não estamos pesando a responsabilidade das vitórias ou derrotas em cima de ombros juvenis, idolatrando meninos somente enquanto o time está "bem"?

Não dá para ser sempre o melhor... mas será que dá para ser melhor do que fomos? Times como a Holanda (que aliás nunca venceu uma Copa e tem muito mais motivos para se frustrar) e a Alemanha têm jogadores que jogam juntos há anos. Já a nossa seleção passou por uma mudança recente de jogadores, e certamente ainda precisa de outras mudanças!

Vale a pena continuar com praticamente o mesmo elenco, salvo um ou outro jogador, e quem sabe ter também um novo direcionamento tático. Talvez um técnico argentino, por que não? Os hermanos foram melhores que nós nesta Copa! Certo é que precisamos acabar com a mania de achar que dois jogadores fazem um time de 11.

Felizemente ficam bons exemplos para inspirar nosso povo e nossos jogadores numa próxima Copa do Mundo. Times que fizeram boas campanhas, como a Costa Rica, a Colômbia, a Bélgica e a Alemanha. Jogadores unidos, valorizando mais o coletivo do que o individual, mais o passe certo do que a falta violenta, mais o futebol arte do que o estrelato momentâneo.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Tomar banho é um luxo

Em São Paulo não tem chovido o bastante. Resultado: as represas que abastecem 9 milhões de pessoas na região entregaram mais água aos encanamentos da cidade do que receberam das nuvens de chuva.

Sistema Cantareira em 2014.
Porém, para a maioria das pessoas, nada mudou. Ninguém percebe se estão usando o chamado "volume morto" da Cantareira ou não. Abre-se a torneira e a água jorra, pronto.

Uma pessoa que enxerga perfeitamente pode fechar seus olhos e experimentar as sensações de outra pessoa com visão limitada. Mas como ela não está realmente cega, pode abrir os olhos a qualquer momento.

Quer saber como é ficar sem água? Experimente passar um dia sem abrir a torneira, sem lavar as mãos ou a louça, sem escovar os dentes, sem dar descarga e sem tomar banho! Agora imagina ter que passar muitos dias sem água ou usando muito menos do que está acostumado.

A verdade é que não se dá o devido valor ao que se tem em abundância. Se nunca nos faltou água, não percebemos o quão luxuoso é poder tomar um delicioso banho todos os dias, às vezes dois, ao acordar e antes de dormir.

Segundo dados da Sabesp, banho de ducha por 15 minutos, com o registro meio aberto, consome 135 litros de água. Já de acordo com a ONU, cada pessoa necessita de apenas 110 litros de água por dia para atender a necessidades de higiene.

Certamente há muitos seres humanos que vivem com bem menos água do que isso, enquanto há outros que são "milhonários" e não se dão conta do quanto andam desperdiçando por aí.

Seca progressiva no Mar de Aral, na Ásia.